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Breu - 1 Caos

  • ikaro queiroz
  • 14 de ago. de 2017
  • 9 min de leitura

O despertador tocou naquela noite, tinha dormido a tarde inteira. No jornal estava passando mais assaltos a banco, quatro lugares, há mesma hora, e o mesmo homem, mortes nas quatro cenas, parece que alguém precisa de um aviso.

Vasculhei na internet em busca do homem negro careca e óculos escuros que vi nas fitas de segurança, consegui seu nome e vi que havia sido usado na compra de um carro, por sorte tinha contatos na agencia, pelo endereço ele não mora em minha cidade, mas precisa ser parado.

Algo me deixa intrigado. Aqueles símbolos no chão dos bancos, ( “caos” “luz” “sombra” )mas isso é historia pra outro dia, vesti o uniforme, e fui de moto para a cidade ao lado, parando a moto em um terreno baldio e coloquei minha mascara, usando a sombra para me deslocar foi fácil chegar na casa. De dentro do breu observei a família que morava no local, eles pareciam feliz, mas não encontrei nenhuma foto do homem de óculos escuros, subi para o primeiro andar onde vi um computador, vasculhei ele procurando por algo, mas o homem parecia nunca ter estado ali, talvez ele tivesse colocando um endereço falso. Quando estou fechando o computador eu escuto um barulho que vem do térreo.

“ você está escutando esse barulho? É melhor eu ir ver oque é.”

Chegando no local pelo breu, eu vejo homens mascarados e empunhando katanas, segurando um garoto de aproximadamente 8 anos de idade, ele falava algo sobre um homem ir lá procurando alguém, eu não ia esperar acontecer algo. Apaguei todas as luzes, e levei todos para o breu. Olhos verdes se abriram no teto, eles á não estavam mais em casa, e as crianças estavam salvas, agora os três homens estavam em meu domínio.

-Quem são vocês?– falei saindo das sombras, e fazendo olhos se abrirem em todas as dimensões.

Os homens com as Katanas em punho partiram em minha direção, mas os ataques foram inúteis, as catanas não me feriam, e eu ainda avançava, chegava perto do terceiro ninja, que parecia está assustado.

-Vocês não tem medo do escuro?– falei caminhando até o homem assustado. – para quem você trabalha?

A lamina brilhante corta a escuridão, e o sangue espirra, o homem usou sua espada para se matar, foi uma pena, mas agora os outros são inúteis. Saquei a Sakabatou e fui em direção aos homens que tentavam correr, dois ataques limpos, e eu já quebrara os joelhos deles, voltando para a realidade a família me viu, as crianças estavam assustada, eu teria que tranquiliza-los.

-Não tenham medo da escuridão, ela sempre vai proteger quem deve ser protegido.– Falei entrando na sombra que a lua fazia ao bater na mesa de antar, e a luz voltou a funcionar.

Quando eu estava subindo na moto olho no viaduto o homem de óculos com os dois ninjas nas costas, me teletransporto até ele na hora que eu o vi, mas ele pareceu teleportar também.

Ao chegar no meu apartamento vejo uma chamada perdida da Julia, a minha chefe, logo eu retorno a ligação para saber oque ela queria a essa hora da madrugada.

-Oi Julia, você ligou para mim?– Falei ligando a televisão e indo pegar a toalha.

– Sim, eu preciso de você aqui na boate, o vidro do escritório do senhor Montenegro quebrou, e ele precisa de alguém para limpar. – Quando a Julia para de falar eu volto minha atenção para a TV, que passava uma cobertura de acontecimentos, um homem entrou no restaurante e desenhou o símbolo “Caos” que estava no banco.

-Julia, infelizmente não poderei ajuda-la, é que um amigo meu teve o restaurante depredado por vândalos, estou ajudando ele a limpar, mas o Pedro está em casa, liga para ele.– Menti. Eu precisava saber oque estava acontecendo.

Sem o uniforme, subi na moto e fui até o restaurante, chegando lá vi as emissoras tentando culpar o Breu, e o senhor falando dos homens com mascaras ninjas. Rapidamente eu convoquei um corvo e deixei observando o restaurante, qualquer coisa suspeita, o corvo se desfaz e eu tenho sua memoria. Depois fui visitar os bancos novamente.

“Algo passou despercebido, Breu! Oque eu esqueci de ver? Claro, os números escritos em baixo do desenho não é só um numero É uma data!”

Infelizmente a data é futura, anotei oque cada uma representava e suas datas. Quando uma mensagem chegou em meu telefone, mais estabelecimentos foram invadidos e símbolos escritos no chão. Deixei corvos em todos os lugares que tenha os símbolos escritos. Cheguei em casa antes de amanhecer, mas tinha que acordar cedo, teria trabalho ainda, mas a data da palavra caos era para amanhã.

Chegando no trabalho na manhã do dia 5 o senhor Montenegro estava no escritório conversando com alguns policiais, e a Julia me esperava na porta.

-Ainda bem que você chegou. – Falou ela agitada, mas eu quase não prestei atenção no que ela falou depois.

-O que aconteceu aqui?– Falei ainda olhando para o escritório.

-Loucos quebraram o vidro do escritório, mas isso não importa, se arrume que os homens da vidraçaria estão vindo, e você vai ter que limpar o salão e o escritório. A Julia era uma moça branca de cabelos longos e pretos, seus olhos eram tão belos quanto a escuridão do breu, e seu rosto redondo a deixava mais gentil, seu corpo era bem desenhando e a saia destacava sua cintura definida.

– sim logico, mas senhora, preciso folgar amanhã, tenho que sair com um primo meu, como já te falei, o restaurante dele foi depredado, preciso ajuda-lo a organizar as coisas. –menti mais uma vez, mas tinha que passar o dia alerta.

­– você terá que falar com o senhor Montenegro, mas acho que ele deixa. – Falou a Julia revirando os olhos.

Eu fui me trocar quando o senhor Montenegro descia com os policiais, quando ele se despediu dos policiais, me chamou para o escritório.

– Laila, quero que você limpe meu escritório, os homens já estão vindo para colocar o novo vidro, e preciso que isso esteja limpo. – Falou o senhor Montenegro sentando no sofá de seu escritório. O senhor Montenegro tinha cabelos loiros e olhos verdes, seu rosto quadriculado tinha a barba sempre feita, e em destaque uma cicatriz que vinha da testa até a bochecha, passando pelo nariz, o senhor Montenegro sempre estava bem vestido e sempre sereno, mas especialmente hoje, ele parecia está preocupado.

– Senhor, meu nome é Harry, Harry Dominique, eu já falei isso algumas vezes. – Fico um pouco irritando com essa mania que ele tinha de me chamar de Laila, mas ele insiste, e nunca me contou o motivo.

-Tá, tá. Não importa.– Falou o senhor Montenegro revirando os olhos, e voltando a atenção a mim. – Você sabe que eu sou um demônio certo?

–O senhor já me contou. – Ele sempre contava essa historia, e eu sempre acho que ele é louco. Estou ficando mais preocupado com a sanidade desse homem.

–Então. Ontem eu fui atacado por padres ninjas. – ele deu uma pausa, como se quisesse lembrar de algo. – E eles mataram um garoto em minha mesa, espero que não tenha nada melado, mas se tiver, não quero vestígio.

As palavras dele parecia não grudar em minha mente, eu estava olhando o que tinha acontecido em volta, todos os vidros no chão, e todos dentro do escritório, nenhum caiu para o salão.

– você está me escutando Laila?– Falou ele estralando os dedos.

– Sim senhor. – Falei virando para ele que ainda estava sentado. – E é Harry senhor!

Eu comecei a limpar as coisas, e depois de um tempo fui passar pano em sua mesa, e quando estou passando o pano de baixo da mesa do escritório, vejo uma gota de sangue, talvez não fosse tudo mentira. Mas demônios? Eles existem? Como se não bastasse os mutantes que causam problemas, tenho que lidar com demônios também? Se isso for verdade, posso contar com os padres? Não importa, isso é problema pra outro dia.

Indo para o salão, o senhor Montenegro veio falar comigo novamente.

-Laila, preciso de um segurança, você conhece alguém que sirva para o serviço?– Falou senhor Montenegro.

– Harry. E sim eu conheço, darei o numero dele a Julia, senhor. – Eu já estava ficando irritado.

-Julia, se o preguiça aparecer, o deixe entrar, estou ajudando os homens da vidraçaria. – Disse o senhor Montenegro me ignorando e dirigindo a palavra a Julia.

Depois de um tempo chegou um homem gordo, com uma roupa mais largada que a minha, e com o cabelo oleoso, o rosto demonstrava algo estranho, mas não sei oque era.

-Gente, deixe-o passar, o senhor Montenegro quer falar com ele. – Falei olhando para o homem, mas me sentia entediado, e cansado.

O homem foi até o escritório do senhor Montenegro. Será que aquilo também é um demônio? Algo muito estranho está acontecendo, e parece que eu estou em uma reunião do inferno.

“ Breu! Será que eles são demônios? Estou começando a acreditar, é melhor eu ficar esperto com esses dois. O lugar de demônios é na escuridão do breu! Onde ninguém é capaz de tira-los.”

Eles estão descendo, eu parei para escutar, eles falam algo sobre um cetro, e em homem capaz de matar todos os demônios, mas algo me deixou empolgado, falaram sobre o Breu. O senhor Montenegro vai até o porão para fazer um ritual. Eu tenho que está presente.

– Julia, estou indo no banheiro. – falei indo até o banheiro, mas eu iria fazer outra coisa.

Chegando no banheiro eu sento na privada fechada, e fecho os olhos me concentrando. Faço um olho abrir na parede, deixando tudo mais escuro.

-Você não tem medo do escuro?– Falei com uma voz mais grave, e já que eu não estava presente ali, não poderiam saber quem eu era.

-Não do escuro, mas sim de você.– Falou o Montenegro fazendo a mão dele pegar fogo, em uma chama azulada que parecia ter vida própria.

-Oque você quer aqui demônio?

– Preciso de sua ajuda. – Falou o homem voltando sua mão para o bolso, e deixando o fogo imóvel, flutuando em sua frente, mas sem consumir nenhum tipo de matéria. – Estão tentando me banir.

– você acha que eu irei te ajudar? – Falei aumentando a voz.– seu lugar é no inferno.

– Eu estou aqui apenas para desfrutar da vida humana, cheia de luxos pecados, e medos.– Falou o Montenegro olhando a chama azul que flutuava em sua frente.– Não causo mal a ninguém, diferente dele.

A porta do porão se abre, e o preguiça vem descendo lentamente as escadas.

– senhor, preciso falar com você. – Falou o preguiça olhando aquele cenário.

– Saia daqui! Depois resolvemos, estou no meio de uma conversa.– Falou o Montenegro em um tom amedrontador, eu nunca tinha visto aquela expressão antes, mas eu gostei.

O preguiça sai, e fecha a porta.

– você vai me ajudar? – Falou o Montenegro virando a atenção para mim.

– vou! Caçarei esse demônio que está em busca de poder, depois caçarei você. Falei fazendo uma criatura de sombra grudar na sombra do Montenegro e deixei o local abrindo os olhos no banheiro.

“que comece a caçada!”

Voltando ao salão vejo o senhor Montenegro falando com o preguiça, ele parecia alterado, mas não consegui escutar a conversa, eles saíram do local, e naquela tarde não vi ele.

Naquela noite coloquei o computador pra procurar o homem de óculos nas câmeras de segurança da cidade, e fui tomar banho, quando estava me arrumando uma memoria veio em minha mente, ninas invadiram o restaurante, é minha vez de agir, coloquei a mascara, fui até o restaurante em um teleporte.

As luzes se apagaram, e olhos apareceram no teto, e nas paredes, um grande olho branco aparece na parede em frente aos 4 ninjas. As pessoas já estavam assustadas.

– V-você só ataca pessoas com poderes, oque está fazendo aqui? – Falou um ninja com a katana em punho.

– Vocês me provocaram em um péssimo dia!– Falei saindo de dentro do olho cinza da parede.

– Você usa espada? Vamos lutar justamente. – Falou o ninja com a mão tremula, nesse momento tudo havia sumido, as cadeiras, as mesas, as pessoas. Eles estavam dentro do breu, e agora eu sou um deus. As pessoas estavam bem, as luzes já tinham voltado, e e provavelmente já tinham ligado pra policia.

Eu puxei minha sakabatou, e antes de eu fazer qualquer movimento eu me teleportei para atrás do homem com as mãos tremulas e o golpeei na nuca fazendo-o apagar. Olhei para os amigos dele que tentaram correr, mas era inútil, corriam sem parar, outro que estava mais afastado veio em minha direção tentando me acertar com a espada, mas passou direto, com o tempo onde eu estava começou a ficar apenas uma silhueta escura e um olho abriu na cabeça com dezenas de mãos escuras saindo de sua íris agarrando o homem com a espada. Um olho amarelo abre no céu e eu saio de sua córnea.

– Vocês estão com medo da sua própria sombra?– caindo no chão ajoelhado eu vou me levantando devagar, e fazendo mãos começam a surgir do chão agarrando os outros dois ninjas. -Perguntarei apenas uma vez. Quem são vocês e oque vocês querem?

Antes de eu responder o nina que eu tinha derrubado se mata, para evitar que os outras façam o mesmo eu agarro os brações dos outros com a sombra. E os jogo no chão de joelhos e com o pescoço para minha frente, eu tiro suas mascaras.

“olhe essas almas perdidas breu! São crianças, não os matarei, farei algo pior.”

– A escuridão não é maligna, trarei a redenção de vocês. – Falo isso levantando a sakabatou a cima de minha cabeça.– serão salvos pelo breu! – desço a espada em um golpe certeiro na coluna dele, quebrando alguma vértebra, garantindo que ele não matará mais ninguém. – lembrem-se sempre, a sombra sempre os vigia.– atingi o segundo no mesmo lugar nas costa, ele cuspiu um pouco de sangue, mas quando virei em direção ao tercei, ele estava babando e espumando pela boca, não teve jeito, ele se matou. Deixarei ele e o outro para o breu.

Voltando ao restaurante, as luzes se apagaram de novo rapidamente, e quando ligaram novamente os homens estavam no chão. Desmaiados, eu voltei para casa em um teleporte, vendo as noticias da televisão, e do computador, ainda não tinha ocorrido nada de estranho nos lugares que eu vigiava, mas a sombra que eu coloquei para vigiar o demônio Montenegro retornou, parece que ele desapareceu do escritório sem deixar pistas.

acho que ele realmente é um ser das trevas, isso vai ficar interessante, não acha breu?"

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