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Miroku

  • ikaro queiroz
  • 19 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Os sábios diziam que a guerra era inevitável, o clã escorpião estava invadindo o terreno do clã dragão. Nosso líder chamou reforços, mas foi tarde de mais. eles chegaram aquela noite, uma noite tão fria que parecia que eu ia congelar, meu vilarejo celebrava o dia das chamas. Era tarde e eu me aprontava pra dormir, quando escutei os gritos de horror. O ataque começou, meu pai chegou correndo em casa mandando eu me esconder, pegou a sua katana, e saiu de casa deixando eu e minha mãe. A porta abriu e aquele homem veio se aproximando, sua armadura negra destacava a mascara em seu rosto, sua espada refletia a luz das chamas do vilarejo pegando fogo, ele se aproximou do quarto e minha mãe tentou o impedir com uma vassoura, mas ele a matou, a expressão congelada de minha mãe, e os olhos vidrados dela em mim, me deixara noites sem dormir. O homem me viu, eu achei que ele iria me matar, mas não. Fui preso, e levado como escravo, eu tinha apenas oito anos, mas o ódio já era parte de mim. Eu não aceitava as ordens e apanhava por isso, com o tempo resolveram me vender, eu já tinha doze anos quando um homem do clã garça me viu no mercado e resolveu me comprar, ele era um espadachim habilidoso e ágil, com o tempo ele se ofereceu a me treinar, e me deu liberdade, o ódio que eu tanto sentia não era mais parte de mim, e eu tinha ganhado um amigo, mas uma noticia veio até mim. Sobreviventes da grande invasão do clã dragão haviam escapado, e haveria fugido para outro país, uma esperança de reencontro com meu pai me fez partir em uma viagem para outro continente, o brilho de criança retomou meus olhos, só que desta vez, mais sereno.


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